O que é ESG: conceito e como aplicá-lo aos negócios

Grandes empresas e economistas do mundo todo já reconhecem como imprescindível a sustentabilidade dos negócios, que devem se comprometer tanto com o meio ambiente, quanto com a sociedade. Neste contexto, o conjunto de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) ou traduzindo, Ambiental, Social e Governança (ASG), ganha cada vez mais força no mundo dos negócios.

Neste artigo nós vamos te explicar os detalhes do conceito e como aplicá-lo ao seu negócio. Continue a leitura.

O que é ESG?

A sigla em inglês ESG representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance) nas empresas. O objetivo de tal compromisso é mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais. É também combater a ausência de práticas corporativas voltadas para as políticas sociais e a falta de uma gestão íntegra.

ESG é mais que uma política de compensação, é uma estratégia sólida que deve ser planejada e incorporada em todas as ações da empresa. Por isso, entender como o ESG é importante para a sua empresa é fundamental para que ela possa se desenvolver.

Mas qual a finalidade do ESG?

O ESG se tornou um conceito fundamental para muitas empresas, pois busca equilibrar os interesses financeiros de curto prazo com preocupações mais amplas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à ética nos negócios.

Outro ponto é que muitos investidores institucionais, fundos de investimento e acionistas estão cada vez mais considerando as métricas ESG ao tomar decisões de investimento. Empresas que adotam práticas sólidas de ESG podem ter acesso a capital mais barato e atrair investidores que buscam alinhar seus portfólios com valores sustentáveis.

Além disso, práticas ESG sólidas podem fortalecer a reputação de uma empresa e garantir que ela mantenha a “licença social para operar”. Isso é importante para manter a confiança do público e evitar controvérsias e boicotes.

Como surgiu o conceito de ESG?

Para entender o que é ESG, é importante saber como essa sigla surgiu. A sigla ESG surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado  “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre). Com 20 instituições financeiras, de nove países, o documento foi criado para estabelecer diretrizes que incluíssem as questões ambientais, sociais e de governança para o mercado financeiro.

Além disso, o relatório apontou que empresas que se preocupam com esses três valores podem, além de trazer benefícios para a sociedade, agregar valor aos negócios, visto que tais princípios são cada vez mais primordiais para o investidor moderno.

Apesar do seu início no mercado de investimentos, o conceito de ESG foi, ao longo dos anos, ganhando notoriedade em outros setores da economia. Em 2015, o movimento ganhou ainda mais força com Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris. Ambos focados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Agenda de 2030: objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

Posteriormente, em agosto de 2019, o Business Roundtable, grupo empresarial que reúne os líderes das maiores companhias norte-americanas, divulgou uma carta rompendo com a ideia de que os negócios existem apenas para dar retorno aos acionistas. Com todos esses movimentos, o ESG passou a se tornar um pacto global.

Em 2020, com a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais evidente a necessidade de uma agenda de desenvolvimento consciente. Para reforçar este contexto, o Fórum Econômico Mundial lançou na Reunião Anual de 2020 em Davos, um guia de métricas com bases no valores de ESG. Prática novamente reforçada no encontro de janeiro de 2021.

A ideia é que, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútos na Europa estarão de acordo com os critérios defendidas pelo ESG.

Por que a pauta ESG tem se destacado ainda mais nos últimos anos?

As discussões sobre as mudanças climáticas não estão batendo na porta mais, elas já entraram e fazem parte do nosso dia a dia, principalmente para as grandes empresas. Não à toa, pesquisadores tem percebido que o aquecimento global tem aumentado 1,5°C por ano, por conta das emissões de Carbono.

Dessa forma, as Nações Unidas têm assinado contratos com grandes empresas para reduzir a emissão de carbono em 45% até 2030 e chegar a zero até 2050. Por isso, tem sido cada vez mais comum novas regulações e investimentos para promover uma pauta mais sustentável no meio organizacional, como recursos hídricos, biodiversidade, gestão de resíduos e outros mais.

Os três pilares de ESG

#1 Ambiental (Environmental)

São as ações da empresa voltadas para o meio ambiente, que envolvem comportamentos relacionados ao consumo dos recursos naturais do planeta, emissão de carbono e outros gases poluentes, aquecimento global, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água etc. 

Pode parecer um pilar distante para empresas que não estão ligadas diretamente à emissão de gases poluentes, por exemplo, no entanto, ao ignorar pontos importantes como reciclagem ou descarte de resíduos danosos ao meio ambiente, como aparelhos tecnológicos, a sua empresa está falhando neste pilar.

#2 Social (Social)

Leva em conta como a organização lida com fatores sociais como: inclusão e diversidade, relações de trabalho com colaboradores, clientes, fornecedores, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, relações com as comunidades, entre outros.

Este pilar do ESG tem se tornado cada vez mais importante, tanto na nossa sociedade como também dentro das organizações, já que, cada vez mais, investidores estão apoiando empresas que estão prezando pelo bem – mental e físico – dos colaboradores.

Dessa forma, contar com ferramentas e metodologias capazes de gerar uma gestão de talentos mais conectada se faz necessário e fundamental para empresas de todos os portes.

#3 Governança (Governance)

Este pilar do ESG avalia as esferas administrativas e de gestão da empresa, considerando a independência e diversidade do conselho, política de remuneração dos altos cargos, transparência e ética da instituição.

Além disso, esse pilar também é responsável por trabalhar na proteção de dados e privacidade das informações dos colaboradores, garantindo segurança e integridade aos dados deles.

Dessa forma, este pilar busca atender diferentes esferas da empresa – colaboradores, acionistas e clientes – garantindo as melhores práticas para que nenhuma das partes seja prejudicada.

Para ter uma governança corporativa melhor consolidada, é crucial ter uma plataforma que concentra todas as informações e KPIs da empresa.

Compartilhe:

Outros Artigos

Como criar uma ONG

Esta noticia, de como criar uma ONG, tem apenas algumas indicações do que precisa ser feito para o registro de uma ONG. A lista não

Entre Em contato